Autora: Aniela Korzekwa de Faria1
Data de publicação: 23/01/2025
Revisor: Julia Pirani Cabral
- Introdução
O sucesso das missões aeroespaciais realizadas pela China nos últimos anos e o empenho que o país demonstra em desenvolver tecnologias novas e eficientes no setor espacial têm chamado atenção no âmbito internacional. O país aumentou significativamente seus investimentos no setor, e seus planos de enviar astronautas à Lua até 2030 têm, até agora, apresentado progressos importantes. Entre eles, estão as viagens da Chang’e chinesa, que referem-se ao ambicioso programa espacial da China, batizado com o nome da deusa da Lua na mitologia chinesa, Chang’e. Desde seu início em 2007, o programa tem como objetivo explorar e estudar a Lua e cada uma de suas missões é numerada e projetada com objetivos específicos. Por meio dele, a China estabeleceu marcos históricos como o pouso no lado oculto do satélite terrestre, realizado pela sonda Chang’e 4, em 2019, e a coleta de amostras de rochas lunares de sua superfície, em 2024, protagonizada pela Chang’e 6.
A ambição chinesa de garantir seu espaço nos processos de análise, extração e utilização dos recursos espaciais desafiou a posição de liderança dos Estados Unidos no meio extraterrestre, a qual permanecia intocada desde o período da Guerra Fria, iniciando uma nova corrida espacial. O potencial de crescimento rápido da China tornou-se um fator chave que pode mudar a lógica de poder concernente ao espaço sideral, o que incomoda o governo americano, que se preocupa com a crescente ocupação desse meio por equipamentos espaciais chineses e russos. Essa dinâmica poderia destituir dos estadunidenses o título de vencedores invictus da disputa pela supremacia no espaço.
- Breve histórico da “Primeira” Corrida Espacial
A vitória sobre os alemães no fim da Segunda Guerra Mundial abriu portas para que os Estados Unidos e a União Soviética (URSS) mostrassem ao mundo sua soberania política e militar e começassem a disputar por ela em nível global. Mesmo o território extraterrestre não escapou à luta por domínio instaurada pela Guerra Fria. As primeiras conquistas sobre o espaço iniciaram com a Rússia, com o primeiro lançamento de um satélite artificial ao espaço e o envio da primeira sonda à superfície lunar – Sputnik e Luna 9, respectivamente. Os russos foram os pioneiros na exploração espacial e foram capazes de enviar sondas e satélites que ofereceram dados cruciais para novos estudos, os quais foram aproveitados também pelos próprios americanos. Todavia, a tecnologia produzida pela União Soviética não foi suficiente para levar pessoas ao espaço. Nesse contexto, em reação às conquistas espaciais soviéticas, os Estados Unidos desenvolveram planos, equipamentos e tecnologia que permitiram a chegada do ser humano à Lua, em 1969, a bordo da Apollo 11. A partir desse momento, os soviéticos perderam a corrida espacial para os americanos, fato que se manteve intacto até o surgimento de novas configurações de potências no século XXI.
Durante a Guerra Fria, o sucesso no desenvolvimento de equipamentos espaciais e no envio destes para o espaço era visto como um símbolo de prestígio. Representava, também, a superioridade de uma nação sobre a outra no contexto do embate ideológico e político entre as duas potências. Do ponto de vista científico, os avanços tecnológicos desenvolvidos por americanos e soviéticos foram responsáveis por criar as condições necessárias para as explorações espaciais contemporâneas, como as viagens à Lua e à Marte, e a origem de projetos de cooperação internacional espacial, como a Estação Espacial Internacional (ISS). Entretanto, o desmantelamento da ordem bipolar a partir dos anos 90 fez com que a competição espacial sofresse uma estagnação, visto que a ascensão do neoliberalismo como sistema econômico vigente no mundo e o surgimento das organizações internacionais fizeram com que os países tivessem prioridades diferentes e direcionassem seus esforços e recursos para outros fins.
Esse cenário permitiu que novos atores surgissem como participantes da exploração espacial, entre eles a União Europeia, a Índia, a Rússia – remanescente da decadente URSS – e a China. A atual corrida espacial, contudo, tem um viés diferente da original: a conquista do espaço envolve questões como o uso de recursos extraterrestres e sua possível comercialização, a posição estratégica para questões militares e o controle sobre a exploração científica. Ela oferece novas possibilidades de configuração geopolítica e geoestratégica, devido à existência dos acordos de cooperação internacional e à formação de alianças políticas de colaboração para o desenvolvimento de tecnologia espacial, como são observadas entre a China e a Rússia e os Estados Unidos e a União Europeia. Nesse ínterim, a China tem se apresentado como nação em destaque na luta pelo protagonismo no espaço sideral: o sucesso das missões lunares da Chang’e colocaram o país na liderança da corrida para a construção de bases lunares, ultrapassando, até mesmo, os Estados Unidos. Os chineses, então, se tornam os principais adversários dos americanos pelo controle do espaço pela primeira vez desde a queda da União Soviética.
- A entrada chinesa na exploração do espaço sideral e a reação americana
Os programas espaciais estão presentes na China desde que o país estava sob o governo de Mao Tsé Tung e se desenvolveram de forma surpreendentemente rápida e eficaz, que culminaram com sua ascensão no setor a partir dos anos 2000. No cenário atual, os chineses possuem planos bem elaborados para garantir sua presença no espaço e têm obtido sucesso ao executá-los. O país pretende enviar tripulantes à Lua até 2030, objetivo que faz parte do programa espacial “Chang’e”, coordenado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA), que iniciou no ano de 2007.
Em 2019, a Chang’e 4, a quarta sonda enviada pelo programa, tornou-se a primeira a alcançar o lado oculto da Lua, inaugurando um marco histórico para a exploração espacial. Este feito concedeu à China o título de primeiro e único país a pousar na face lunar invisível da Terra, ampliando seu prestígio internacional no setor. No ano passado, a sonda Chang’e 6, enviada para a Lua no mês de maio, retornou em junho com sucesso para o planeta Terra trazendo consigo amostras de rochas e minerais da região escura da Lua. Esses empreendimentos podem revelar dados científicos sobre a origem da Lua, da Terra e do Sistema Solar e acelerar a viabilidade da construção de uma base chinesa no polo sul lunar. O Polo Sul-Aitken, onde se encontra a bacia Aitken – grande cratera lunar –, abriga porções de água congelada, a qual seria crucial para manter os seres humanos responsáveis por gerenciar, da Lua, outras missões espaciais para Marte. Caso as missões chinesas continuem a ter êxito, a China pode ser o primeiro país a construir uma base no satélite terrestre..
Os Estados Unidos parecem temer o potencial chinês de se desenvolver rapidamente e liderar o ranking de conquistas espaciais, mesmo que estes estejam longe de ultrapassá-los quanto a quantidade de recursos estatais que são direcionados a investimentos em atividades de programas espaciais. Em setembro de 2024, a Comissão Europeia publicou um estudo sobre o futuro da competitividade europeia, o qual abordava também, parte da realidade contemporânea acerca da competição espacial. Dois dos gráficos elaborados pelo estudo revelam que os Estados Unidos ainda são o país que mais destina recursos ao setor espacial e esse padrão tende a repetir-se até 2030; no entanto, a maior parte dos equipamentos enviados ao espaço através de programas espaciais, nos anos de 2021 e 2022, são chineses. Isso indica que, embora haja defasagem de investimentos espaciais da China em relação aos EUA, os equipamentos e satélites chineses têm ocupado uma proporção maior da órbita terrestre, o que gera atritos geopolíticos com os americanos.
Gráfico 1- Massa lançada em nome de programas espaciais institucionais
Fonte: European Comission
Gráfico 2 – Despesas governamentais com programas espaciais
Fonte: European Commission
É possível que parte da preocupação estadunidense também se deva ao fato de que o Artemis, programa espacial estadunidense responsável pelas missões na Lua, tem sofrido atrasos devido a falhas de testes e problemas com equipamentos e uniformes. O descontentamento acerca desse atraso significativo foi expresso pelo recém-eleito presidente, Donald Trump. O desenvolvimento espacial nos Estados Unidos foi, desde o início forjado e patrocinado pela união entre recursos estatais e empresas privadas, como a Space X e a Blue Origin, porém Trump pretende delegar os projetos espaciais somente às empresas privadas caso a situação não seja solucionada e alega que quer alcançar Marte o mais rápido possível. O desenrolar da campanha eleitoral do atual presidente americano sugere que este último vai estreitar os laços com Elon Musk, CEO da Space X, a qual já faz parte do Artemis e é responsável pelo projeto do foguete Starship. Trump manifestou o desejo de levar os Estados Unidos à Marte antes da China, considerada por ele um inimigo espacial.
Os avanços tecnológicos da China foram significativos a ponto de fazer com que os americanos promovessem um boicote, consolidado através da Emenda Wolf, aprovada pelo Congresso americano em 2011. A emenda proibia os projetos de cooperação entre os chineses e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), a agência espacial americana. Além disso, determinava a exclusão da China da Estação Espacial Internacional, sob a justificativa de que o país estaria envolvido em serviços de espionagem. Em conformidade com esse posicionamento, em fevereiro de 2024, em discurso ao Comitê de Serviços Armados do Senado, o General Stephen Whiting, do Comando Espacial dos Estados Unidos, se pronunciou quanto ao assunto. Em sua fala, ele acusou a China e a Rússia de serem uma ameaça devido à produção e armazenamento de armas antissatélite (ASATs), que possuem a finalidade de destruir satélites para fins militares e estratégicos. Afirmou, também, que o país passa, neste momento, pelo que chamou de uma “janela de vulnerabilidade”, além de ter demonstrado preocupação com o processo de militarização do espaço por parte dessas nações.
Segundo Whiting, chineses e russos estariam tomando medidas em desacordo com as normas internacionais sobre assuntos espaciais. O Tratado do Espaço Exterior – ou Tratado do Espaço Sideral –, estabelecido pelas Nações Unidas em 1966, prevê que o espaço não pode ser adquirido pelas nações soberanas como território em seu poder e que deve ser utilizado por todas elas para efeitos benéficos. No entanto, nenhuma das nações exploradoras do espaço parece agir de acordo com as preocupações trazidas por ele. Em resposta, o governo chinês afirmou que a China não está desenvolvendo tecnologias espaciais para nenhum objetivo que não seja o de garantir avanços benéficos e bem-estar para toda a comunidade global.
A regulamentação da exploração espacial tornou-se alvo de debates diante do avanço chinês, das dificuldades americanas e das ações de outras nações participantes da corrida espacial. Embora o Tratado do Espaço Exterior ofereça uma perspectiva sobre o tratamento do espaço sideral, ele é insuficiente para tratar de novos problemas que surgiram com a contemporaneidade, já que não é atualizado há anos e não apresenta medidas práticas de como garantir que seus objetivos sejam cumpridos. Em primeiro lugar, ele não apresenta medidas que regulamentem produção, testes e utilização de armas antissatélite e/ou de outros equipamentos espaciais militares, nem determina normas quanto à acumulação de lixo espacial no meio extraterrestre. Ambas as coisas, se não devidamente normatizadas, podem causar danos permanentes ao planeta Terra e, consequentemente, à humanidade.
A nova corrida espacial também configurou-se pela formação de alianças entre potências espaciais, como a parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), que possibilitou o lançamento da espaçonave Chandrayaan-3, que permitiu que a Índia pousasse em outro corpo celestial pela primeira vez. Um outro exemplo é a troca de tecnologias entre a China e a Rússia, principalmente quanto ao desenvolvimento das ASATs, que provocam as acusações do governo americano. Esse tipo de cooperação tem grande teor geopolítico e pode ser prejudicial caso não seja devidamente regulamentado. A união de potências pode gerar o risco de monopolização dos recursos espaciais, impedindo que as demais nações soberanas tenham acesso aos benefícios que a exploração espacial pode proporcionar. Além disso, pode fazer com que estas sejam subjugadas aos interesses dos detentores de tecnologias espaciais mais avançadas, o que infringe os princípios do Tratado de 1966.
A reflexão sobre essas questões espaciais é essencial num momento em que China e Estados Unidos competem pela liderança no processo de exploração interplanetária, além de possuírem atritos nos campos econômico e político. A nova corrida espacial entre esses países evidencia a crescente importância do espaço como um domínio estratégico e econômico e a necessidade que ela se realize de forma sustentável, justa e em favor do bem comum.
- Conclusão
Caso as missões da Artemis continuem apresentando atrasos para serem efetivadas e o cronograma chinês seja seguido como o planejado, é possível que a China ultrapasse os Estados Unidos e se torne o país com mais controle sobre o espaço. O setor espacial também é um dos 10 setores contemplados pelo projeto de investimento e desenvolvimento chinês MIC25 (Made in China 2025), cujo objetivo é transformar a China em uma grande potência até 2049. Portanto, é plausível prever que as tecnologias espaciais continuarão a ser aprimoradas e o desempenho do país no setor continuará a crescer. O lançamento das sondas Chang’e 7 e 8, por exemplo, já está previsto para os próximos anos e, com elas, a China pretende se preparar para construir sua base no polo sul da Lua, essencial para a realização de futuras expedições para Marte.
No entanto, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos pode alterar esse cenário hipotético, já que este em sua campanha eleitoral, e mesmo em seu mandato anterior, sempre reforçou seu apoio a políticas anti-chinesas. Por isso, há a possibilidade de que os atrasos quanto às missões da Artemis sejam um aspecto de foco do governo estadunidense e o programa receba mais recursos, a fim de que seu cronograma seja cumprido e a posição do país não seja superada pelos esforços chineses.
A corrida espacial contemporânea, cujos principais atores são estes dois países, destaca a necessidade de regulamentações internacionais mais robustas e de uma abordagem cooperativa para a exploração sustentável do espaço. O embate entre potências reforça a urgência de ações conjuntas para garantir que o espaço seja um recurso acessível a todas as nações. O avanço tecnológico chinês e os desafios americanos ressaltam a necessidade de cooperação global para garantir uma exploração espacial sustentável e pacífica. O futuro desse cenário dependerá não apenas das conquistas individuais, mas também da capacidade das nações de estabelecerem acordos que preservem o espaço como patrimônio comum da humanidade.
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- Graduanda em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E-mail de contato da autora: anielakf@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1380536508667594. ↩︎
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